Sinopse
... Poeta quando toma conhecimento de um causo estranho ou incompleto, fica com a curiosidade muito aguçada e apela para a musa. As musas sabem de tudo, mas só contam aos poetas. Se o leitor também tem curiosidade aguçada, leia a verdadeira história de “O homem que vendeu a alma”.
Embriagado pelo alento da inspiração, comecei a escrever esse Cordel imaginando que o enredo pudesse acontecer no cenário de um palco de teatro. Não se pode negar o fato de que, os personagens, quando são criados, adquirem o livre-arbítrio.
Sobre o enredo?
Quando criança, segundo meu tio Otavio contava, lá no sertão da Bahia apareceu um bode de pelo preto nas terras de um vizinho. O estranho é que naquela região, todos os moradores se conheciam e ninguém reivindicou a posse do forasteiro. Aí começou o mistério: De onde surgiu esse bode?
Naquele ano o rebanho cresceu em demasia. Era cabritinho para todo lado. Um dia, ... bem, o fato é que esse bode fez um rebuliço danado. Meu tio garantiu que era tudo verdade.
Na mata escura igual breu,
Antonho de Minelvina
se assusta com um pipoco.
Por entre a fumaça fina
surge o cruel Cramulhão
para cumprir uma sina:
− Chegou o seu dia, Cabra!
Hoje eu vim lhe resgatar,
pois trato no meu “contrato”,
depois de finalizar
não tem distrato de “trato”.
A tua alma eu vou levar.
Leitor prepare o espírito,
pois vou contar essa história
do bode misterioso
qu’inda guardo na memória.
Se é coisa do Coisa-Ruim,
não existe escapatória.
Não sou crente, nem descrente,
mandingueiro ou rezador.
Eu não creio e nem descreio
na história do Criador.
Graças a Deus sou ateu,
faço o certo e dou valor!
...
Cordel, Poesia, poemas, romance, literatura, Vendas de livros novos e usados, edição de livros de Cordel, editoração, diagramação, palestras, Lançamentos e eventos culturais, saraus, música, ...