Sinopse:
Um jovem que não seguiu os conselhos da mãe abraça a profissão de Carroceiro, e nela encontra um Burro, que apesar de irracional, se torna o parceiro ideal para os seus desabafos. Este animal lhe oferece respostas interessantes para as auas lamúrias.
O Carroceiro e o Burro
(Josué G. de Araújo)
Sorte não é privilégio,
Não se ganha de presente.
É a mão do Criador
Sorteando livremente
Na roleta da existência
De tudo quanto é vivente.
No tabuleiro da vida,
Eu não fui um escolhido.
Sou perfeito na saúde,
Robusto, mas desprovido
Da tal sorte, cuja origem,
Vez ou outra, eu duvido.
Minha mãe aconselhou-me:
— Você vai para a escola!
Seja homem de prestígio!
Não roube e não cheire cola,
Siga o caminho dos livros
E o futuro decola.
Desprezando os bons conselhos,
Cresci na libertinagem.
Fugi da casa dos pais
Transbordando de coragem,
Pensando na liberdade
No seio da malandragem.
...
...
Essa minha existência
Não foi Deus quem a criou.
Sou filho de uma égua,
Que com um jegue cruzou,
No livro da criação,
Minha espécie não constou.
...
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