SINOPSE:
As convenções sociais separam José Mário e Lucineide. Muito tempo depois o forassteiro retorna a sua terra atrás do que perdera na longinqua distância. Na busca do seu passado encontra um presente que jamais immaginou. O tempo é senhor da história que reserva surpresas incríveis. O que terá acontecido com eles?
Apagando as pegadas - Cordel
Numa tarde nebulosa
De melancólico inverno,
Um ônibus enlameado,
Como se viesse do inferno,
Atravessa um nevoeiro,
Trazendo um homem de terno.
Enfim, Areia Dourada!
Defronte a rodoviária,
A viagem então se finda.
A figura solitária,
Faz uma cara de dor,
Por culpa da coronária.
O passageiro que apeia
É um homem já idoso,
Com o terno amarrotado.
Negro de porte garboso,
Andava sob a neblina,
Com o passo cauteloso.
Para protejer os olhos,
Ajeitou bem o chapéu,
Livrando-se da neblina,
Que fechava todo o céu.
Se firmando na bengala,
Segue caminhando ao léu.
Ainda bastante zonzo
E o paletó encharcado,
Notou o ponto de táxi.
Deteve-se ali calado,
Passando o lenço na testa,
Pelo sobrolho enrugado.
Nessa cidade de clima,
Marcada por tempos quentes,
De tempos em tempos, tem,
Tempo frio sem precedentes:
Invernos tão rigorosos,
Que o povo até bate os dentes.
O velho fechou os olhos,
Se esquivando do presente,
Rebuscando no passado,
Sobre aquele ponto em frente,
O lugar onde as charretes
Paravam pegando gente.
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