O Céu é a Terra onde vivem Os bravos tapuias bárbaros. Sei de avoar certo dia Nos trajes de Virgulino. O crânio, urânio sertânio, Feito badalo de sino; O corpo tão rarefeito, Qual penugem no menino. As cartucheiras e balas, Algumas bagas de zimbro, As alpercatas de mouro, As vozes no gorgomilo. Tateei pelo punhal, Toquei com o dedo mindinho A cicatriz feita à brasa Nos tempos de pintainho. Aí, lembrei, águas turvas, Daquela noite em Angicos. Meu pai que houvera ser morto, Minha mãe, de onde olhos cândidos, Tentaram dizer-me algo Que não podia ser dito. Quando o sol nasceu nas rochas Procurei por minhas tripas. No lugar das tripas, árias. Araquã de ouro e de cinzas.
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